Mysterious Boy - 9° Capitulo

Você diz que eu te desprezo, que eu me comporto muito mal, também diz que eu nunca rezo ainda me chama de animal. Você não tem medo de mim, você não tem medo de mim. Você tem medo é do amor, que você guarda para mim.

Eu: -ri.

Jus: que foi ? 

Eu: tem alguma coisa errada!

Jus: o que ? -me olhou sem entender.

Eu: nós dois, esse momento de elogios -ri.

Jus: tem razão, acho que estamos ficando malucos -deu aquela risada fofa.

Eu: idiota!

Jus: ah, agora sim, essa é a Madie que conheço -rimos.
Eu: você é um bobão mesmo.
Jus: chatinha.
Eu: feio.
Jus: retardada.
Eu: ridículo.
Jus: metidinha.
Eu: irritante.
Jus: chata.
Eu: já falou isso.
Jus: mas tenho que repetir, chata, chata e chata -riu.
Eu: me ama.
Jus: tá sonhando patricinha.
Eu: hey, não me chama assim -fiz biquinho.
Jus: é isso que você é, patricinha.
Eu: qual foi, minha vida não é tão fácil quanto você pensa não tá bom ? 
Jus: ah para, você tem tudo que quiser na hora que quiser, tá reclamando de que ?
Eu: dinheiro não traz felicidade Justin, não a dinheiro que possa comprar uma amizade verdadeira, que possa comprar um momento como esse que estou tendo com você...
Jus: eu sei disso -me olhou profundamente.

O silencio mais uma vez reinou, mil coisas vieram na minha cabeça, coisas sobre minha vida, sobre o passado, sobre tudo, lembro o quanto foi dificl, o quanto sofri, sinto tanta falta dela, sinto falta da minha mãe.

Jus: tá pensando em que hein ? 
Eu: -sorri fraco- na minha mãe, sinto falta dela.
Jus: ué, eu pensei que você morava com ela, quer dizer, o que aconteceu ?
Eu: ela morreu Justin.
Jus: ah, caramba Madie, eu...eu sinto muito.
Eu: eu também, sinto demais -deixei uma lágrima cair.

silencio.

Jus: ér...quer falar sobre isso ? Sei lá...
Eu: não sei, eu nunca falei sobre isso com alguém, dói muito, Jus.
Jus: hey, eu to aqui com você tá bom ? Do mesmo jeito que você tá comigo eu também to, sempre vou estar, eu prometo.
Eu: -respirei fundo- eu tinha 10 anos, era um típico dia de domingo, eu estava na casa dos meus avós, me divertindo, comendo aquelas coisas boas que só minha avó sabe fazer, mas na verdade eu nem sabia o porque de estar ali, meu pai simplesmente me deixou com a desculpa de que ele e a mamãe tinham que resolver umas coisas, não entendi bem mas acabei deixando pra lá. Eu era muito apegada a ela, como minha melhor amiga, fazíamos tudo juntas, sempre -sorri- então por isso a cada hora que passava eu queria ligar, queria saber se ela já estava vindo me buscar mas me enrolavam com o papo de que logo ela estaria de volta, E ELA NUNCA VOLTOU JUSTIN, NUNCA -disse alterada já não controlando minhas lágrimas.
Jus: calma, Madie tá tudo bem, não precisa continuar senão quiser, fica calma.
Eu: não, eu preciso -dei uma pausa- sabe -ri- ainda me lembro das coisas que fazíamos juntas, das nossas brincadeiras, das vezes que eu estava com medo de algo e bastava um abraço dela pra tudo ficar incrivelmente melhor, das noites que não tinha sono e minha mãe lia várias histórias pra mim e só saia de lá quando estava certa de que finalmente dormi. Ela era um exemplo, eu a achava a mulher mais linda de todas -ele sorriu-, sua voz era tão doce, foi minha mãe que me ensinou tudo que sei sobre roupas, maquiagem, todas essas coisas de patricinhas-rimos-, foi com certeza a melhor pessoa do mundo pra mim, disso eu não duvido. Mais tarde naquele dia eu brincava com algumas bonecas na sala e comecei a ouvir barulhos e imediatamente senti um aperto no coração.

Flash Back On.

Deixei minhas coisas de lado e fui atrás do tal barulho, pude perceber que era minha avó no telefone, ela estava pálida como nunca a vi antes, meu avô tentava a segurar para ela não desabar.

Eu: o que houve vovô ? 
Jorge: não é nada minha querida, tá tudo bem, volta a brincar volta.

Suas palavras não me serviam de nada naquele momento, alguma coisa estava acontecendo e eu precisava saber o que era.

Jane: NÃO, ISSO NÃO PODE SER VERDADE, DIZ PRA MIM QUE NÃO É -ela chorava e gritava- NÃO, NÃO ACEITO ISSO, MINHA FILHA NÃO, MINHA FILHA NÃO PODE TER MORRIDO.

Flash Back Off.

Eu: as palavras "minha filha" e "morrido" ficaram martelando em minha cabeça, isso não era possível, só me lembro de me desesperar, gritar, chorar, depois que o telefone foi desligado ficamos os três juntos, abraçados tentando cuidar uns dos outros, o enterro dela foi no dia seguinte e falaram que seria melhor eu não ir porque era muito nova, eles achavam que estariam evitando a dor mas só piorou, EU NÃO PUDE DIZER ADEUS JUSTIN, EU NÃO PUDE, uns 2 dias se passaram e nada do meu pai aparecer, até que finalmente ele foi me buscar, sabe, nós eramos próximos mas nada parecido com o que eu tinha com minha mãe mas aos poucos fomos nos tornando inseparáveis então decidimos mudar do Brasil e vir pra cá, no começo foi difícil mas tínhamos uns aos outros, só eu e ele, juntos contra tudo e todos, até hoje somos assim, uma dupla, ele é meu herói. Não sei o que seria de mim sem o senhor John -sorri em meio as lágrimas- mas a ausência dela me dói tanto, queria tanto a ter aqui comigo pra me falar aquelas coisas que só ela falava, fazer o que só ela sabia -solucei.
Jus: não fica assim não princesa, vem aqui vem -ele me abraçou apertado- tá tudo bem viu ? Eu to aqui, você é forte.
Eu: ser forte dói demais Jus, dói muito.
Jus: é muito ruim te ver assim. Pensa só, ela tá lá no céu, cuidando de você e ela sempre vai estar bem aqui oh -apontou pro meu coração.
Eu: -sorri- obrigada, é incrível como suas palavras me fazem bem.
Jus: eu sou foda, apenas isso.

rimos.

Jus: então quer dizer que você é brasileira é ? -sorriu malicioso.
Eu: isso mesmo -ri- e que cara é essa ?
Jus: nada, tá explicado.
EU: oi ? 
Jus: é que, bom, você é muito gosto...o seu corpo, é diferente das garotas por aqui -sorriu amarelo.
Eu: -ri- besta mesmo.

Continuamos ali mais um pouco e eu já me sentia mil vezes melhor, eu não sei, esse garoto tem um poder sobre mim tão grande, o poder de me fazer bem com poucos gestos, poucas palavras. Decidimos voltar e logo fomos embora, no caminho algumas músicas tocavam no rádio e ficamos cantando alto feito dois malucos, não podia ter sido mais perfeito.

Justin P.O.V

Deixei Madie em casa e cheguei na minha todo sorrisos, só ela pra fazer essas coisas comigo.

Pattie: nossa meu filho, mais que cara de felicidade é essa ? Quanto tempo não te via assim.
Eu: -ri- não é nada mãe, só estou me sentindo muito bem hoje.
Pattie: isso tem alguma coisa a ver com aquela garota, a Madison ? -riu.
Eu: não, claro que não.
Pattie: você não me engana filho, ouvi os dois conversando mais cedo!
Eu: ela é incrível.
Pattie: ih, acho que tem alguém apaixonado -riu.
Eu: para com isso -ri.
Pattie: você tinha que ver como seus olhos brilhavam quando falou dela -sorriu.

Ri do que ela disse e ia subindo as escadas quando avistei Charlie.

Eu: CHARLIE, oi pequena -levantei ela e a rodopiei em seguida dando um beijo em sua testa, não me pergunte o porque disso.

Entrei em meu quarto e me joguei na cama, olhei pro lado e pude notar meu caderno, ou diário, tanto faz, resolvi escrever o que tava sentindo naquele momento.

"1 de novembro de 2012.

Hoje foi um daqueles dias que parecia que tudo estava a meu favor, foi sem igual. Eu me sentia bem, me sentia vivo, algo que a tempos não era de mim. Isso tudo é culpa da Madison, ou melhor, Madie, que garota é essa ? Ela é incrivelmente linda, divertida, engraçada, posso até dizer que perfeita. Quem diria que um dia viria aqui pra falar bem dela, quem diria que um dia ficariamos tão próximos. É engraçado, ela me faz tão bem, não sei, me passa coisas tão boas, é como se eu estivesse começando a achar um motivo pra viver outra vez, como se ela fosse o único motivo pra eu sorrir. Aquelas coisas que ela me contou hoje, sobre sua mãe, eu não fazia ideia daquilo, Madie é totalmente diferente do que pensei, ela é tão radiante, consegue ser forte o bastante pra deixar seus problemas, suas dores pra trás e sorrir, mesmo com tudo caindo sobre ela, você pode ter certeza que um sorriso em seu rosto nunca vai faltar mas posso ver de longe que é um sorriso quebrado diferente dos que dá quando está comigo, esses sim são verdadeiros e de tirar o folego. Sinto que posso confiar nela, que ela vai estar ali quando eu precisar e sinto também o dever de fazer o mesmo. Mas pra falar a verdade isso vai contra todos os meus padrões, não era pra ser assim, eu não podia deixar que ficássemos tão íntimos e tão dependentes uns dos outros. Confesso que tenho medo, medo de a perder. Medo. Esse é meu maior problema."

CONTINUA.........

AAAAAAAAA SUAS LINDAS AMEI OS COMENTÁRIOS DO CAP ANTERIOR, VOCÊS SÃO UMAS FOFAS MEIGAS!!!! OBRIGADA POR TUDO GENTE!!! PORQUE SERA QUE O JUS TEM MEDO DE A PERDER ? QUAL SERÁ O MISTÉRIO DELE ? E QUEM SERÁ AQUELA GAROTA DO SONHO DA MADIE ? 

GENTE NESSE FERIADO EU VOU PRA CASA DA MINHA PRIMA ENTÃO NÃO VOU POSTAR, TALVEZ EU POSTE SÁBADO OU SEGUNDA FEIRA, NÃO SEI. MIL DESCULPAS MAS É QUE LÁ NÃO DÁ, NÃO ME MATEM!!! 

COMENTEM ? QUERO MUITOS COMENTÁRIOS PRO PRÓXIMO CAPITULO SER BEEEM GRANDE, BEIJOS AMORES! AMO VOCÊS -drissy.