Mysterious Boy - 15° Capitulo

Um dia, quando o céu estiver desabando eu estarei ao seu lado, ao seu lado. Nada nunca ficará entre nós pois eu ficarei ao seu lado - Next 2 You.

Justin P.O.V

Tudo tava totalmente escuro, eu tentava entender que lugar era aquele, tentava lembrar se já estivesse ali em algum momento mas não, era diferente de todos os outros, não sei. Ai então que de novo a vi ali, na minha frente, me olhando com aquele seu sorriso. Caramba como eu queria a abraçar, a segurar nos meus braços pra nunca mais soltar, como eu a amava.

Elena: vem comigo Jus, vem! Vamos ser muito felizes juntos, eu te prometo -ela esticou a mão para que eu pegasse.

Eu: ir pra onde ? O que a gente tá fazendo aqui amor ? -a olhei confuso.

Elena: vai ficar tudo bem viu ? Só me dá sua mão, confia em mim -se aproximou.

Eu queria ir, na verdade acho que iria aonde fosse contando que ela estivesse comigo mas algo me dizia que não, que eu devia voltar, voltar pra onde ? Tá tudo tão confuso. De repente senti um choque forte em meu peito e abri os olhos assustado.

Xx: ele acordou, não acredito nisso, não é possível.

Xx²: você tá vendo coisas doutor, o garoto ta morto, não tem mais volta -disse ainda sem olhar pra mim.

Dr: não, isso é um milagre, OBRIGADO MEU DEUS! -ele beijou seu cordão que se não me engano tinha uma cruz.

Dr²: não pode ser, isso é coisa de louco, o coração dele tinha parado! Deus! -eles se abraçaram.

Que merda é essa ? O que tava acontecendo ? Olhei em volta e percebi que me encontrava dentro de uma ambulância, tinham fios por todas as partes de meu corpo e tudo doía. 

Eu: o que aconteceu aqui ? -eu disse quase em um sussurro.

Dr: bem vindo de volta rapaz -sorriu.

Então era isso ? Eu tinha morrido e ressuscitei ? Minha cabeça latejava, foi ai que me lembrei. O ACIDENTE! 

Eu: espera, cade a Elena ?

Os dois me olharam parecendo estarem com pena.

Eu: ONDE TÁ A ELENA ? ELENAAAAAAAA, CADE VOCÊ ? ELENAAAAAAAAAA -me debati.

Dr²: quem é Elena ? 

Dr: a jovenzinha que estava no carro com ele.

Por que esses filhos da puta não me respondiam ? Caralho eu precisava saber dela, onde ela tava, só isso que eu queria, só queria ouvir que minha garota tava bem, sã e salva.

Madie P.O.V

Tinha sido mais que difícil dormir aquela noite, eram tantos acontecimentos, tantos sentimentos, tanta coisa junta que me fazia querer parar e pensar. Meus olhos pesaram e acabei apagando. Tudo ia muito bem, eu dormia feito um bebê até que comecei a ouvir uns barulhos estranhos, abri um pouco os olhos e pude ver que vinha de Justin, ele se mexia na cama e parecia apavorado. 

Jus: ONDE TÁ A ELENA ? ELENAAAAAAAA, CADE VOCÊ ? ELENAAAAAAAAAA -se debateu.

Eu: Jus ? Acorda Jus! Hey, Justin -o balancei cuidadosamente.

Na mesma hora ele praticamente pulou da cama, Justin se sentou e respirou ofegante, seus olhos estavam um tanto arregalados.

Eu: calma Jus, foi só um sonho, tá tudo bem -passei a mão em sua testa, ele suava frio.

Jus: e-eu, eu, foi culpa minha, tudo culpa minha, foi, foi minha culpa, eu... -ele repetia essas palavras que não faziam sentido nenhum pra mim enquanto suas mãos estavam tremulas e algumas lágrimas caiam em seu rosto.

Eu: de que você tá falando ? Relaxa, já passou.

Jus: não, não passou não, NUNCA VAI PASSAR, NUNCA!

Tá bom, tenho que confessar que estava assustada, por que ele dizia isso ? Sobre o que Jus falava ? Ele parecia um doido sem controle.

Eu: Justin, do que você tá falando ? Quem é Elena ? -o encarei.

Jus: -me olhou, abaixou a cabeça suspirando em seguida- tudo começou quando eu só era um...

Eu: o que você tá fazendo ? -franzi o cenho.

Jus: você não queria tanto saber minha história ? Eu vou te contar.

Justin P.O.V.

Madie: -assentiu e se ajeitou ficando na minha frente.

Eu: foi em 2007 quando tudo começou. Eu tinha um melhor amigo, o nome dele era Math, era tipo um irmão mesmo sabe ? Aquele cara era o moleque mais foda que eu já conheci em toda minha vida, eu confiava nele, andávamos sempre juntos, até ai tudo bem certo ? Errado. A gente sempre combinava de fazer alguma coisa depois da escola, andar de skate ou sei lá, só que no dia 3 de janeiro daquele mesmo ano tudo mudou. Minha mãe me botou de castigo por que descobriu que eu fugi do colégio pra me divertir com o pessoal então não pude sair, Math tinha ficado de passar na minha casa mais tarde mas ele não apareceu, achei estranho mas não liguei muito, dia seguinte era sábado, eu tinha acordado tarde como sempre fazia nos fins de semana e quando cheguei na sala pra tomar o café dei de cara com a mãe dele, ela falava com minha mãe e as duas choravam. Elas me olharam e dona Patricia me abraçou apertado, eu é claro não entendi merda nenhuma mas retribui o abraço na mesma intensidade.

Flash Back On.

Eu: mãe, por que a senhora e a tia Sandy estão chorando ? -disse saindo do abraço e as encarando.

Sandy: o Math -ela tentou continuar a falar mas logo voltou a chorar descontroladamente.

Eu: o Math ? O que tem ele ? Em que confusão esse mané se meteu dessa vez ? -ri fraco.

Pattie: eu sinto muito filho.

Eu: sente o que mãe ? Será que alguém pode me dizer o que tá pegando ? -disse já nervoso.

Sandy: o Math, ele...ele morreu.

Flash Back Off.

Eu: era difícil de acreditar, difícil de processar o que ela tinha acabado de me contar, O MEU AMIGO, MEU IRMÃO TINHA MORRIDO, depois fiquei sabendo que ele tinha ido comprar umas coisas pra Sandy e quando voltou uns caras tentaram o assaltar, Math correu mas era tarde demais, eles atiraram e meu irmão morreu na hora. Eu estava acabado, sem chão, não queria aceitar tamanha perda. O enterro foi um dia depois, tava todo mundo lá, todo mundo tinha uma historia pra contar que envolvia aquele doido no meio, muita gente sentiria sua falta. Eu não sabia o que fazer, como agir, quando você tem apenas 13 anos e descobre que seu melhor amigo morreu baleado você fica assim mesmo, eu acho.

Madie: Justin eu... -ela disse e pegou em minha mão.

Eu: não, espera. Foi ai que conheci ela, a Elena, ela era uma prima distante dele mas ao mesmo tempo próxima, segundo a mesma eles viviam se falando por telefone e blah, eram muito chegados. Acabamos conversando bastante e de alguma forma foi bom passar um tempo com ela, Elena me fazia bem. Fiquei sem a ver por um tempo, pensei que ela tinha voltado pra Londres onde morava até que a encontrei na rua, sua família foi morar lá pra dar apoio aos pais de Math que estavam muito abalados. Dai em diante nos tornamos inseparáveis, ela era linda, tinha um senso de humor incrível, gostava das mesma coisas que eu, a garota quase perfeita -sorri- aos poucos fomos ajudando um ao outro a superar a dor, aos poucos fui me apaixonando por aquela garota. Em 2008 começamos a namorar, tava tudo perfeito, nada nem ninguém podia acabar com minha felicidade e o principal motivo dela era Elena. E sabe qual a grande causa de todas as minha brigas com Jake ? Ela mesma, a minha garota. Jake dizia que era seu amigo e que não queria nada além disso e ela boba acreditava, mas eu o conhecia muito bem, sabia que não era bem assim, ela preferiu a mim em vez dele e pelo que parece ele nunca se conformou com isso. O tempo foi passando e a cada dia eu a amava mais e mais, a cada dia eu sentia como se ela fosse a mulher dos meus sonhos. Em uma noite qualquer eu estava quase indo dormir quando ela me ligou dizendo que queria me ver, disse que seus pais tinham ido em um jantar de negócios e a deixado sozinha em casa. Peguei meu skate na mesma hora e sai sem minha mãe saber, quando cheguei lá botamos um filme e assistimos abraçados na sala, ou melhor, nos pegamos no sofá na sala. As coisas foram ficando mais sérias, a gente transo. Sei que eramos novos demais pra isso, que só tínhamos 14 anos mas não nos arrependemos em um minuto sequer, nós nos amávamos. Acho que umas 3 semanas depois ela veio com uma notícia, talvez a pior e melhor de toda a minha vida ao mesmo tempo. Elena estava grávida. Ela ia ter um filho meu! A mesma tinha ficado desesperada, chorava e repetia que não sabia o que fazer, que a vida dela ia acabar mas eu consegui ficar feliz com isso tudo, é eu fiquei, e a prometi que ia cuidar dela, que estaria lá junto com ela, iriamos enfrentar tudo juntos. Eu estava disposto a fazer o que fosse preciso, ia arrumar um trabalho, se quisessem a gente casava, melhor ainda. 

Madie: meu Deus mas e os pais dela, e a Pattie ? Como eles reagiram a isso ? 

Eu: ai que tava, eu sempre perguntava se ela já tinha contado mas Elena ficava falando que só ia contar na hora certa, quando se sentisse preparada. Até que numa terça estávamos voltando da escola, eu a deixei na porta de casa como sempre e já ia embora mas ela me impediu.

Flash Back On.

Eu: está entregue linda -disse e a selei.

Elena: não Jus, espera! -ela apertou minha mão forte, a olhei e logo entendi, ela iria contar.

A abracei de lado e entramos em sua casa, assim que me viram os pais dela rapidamente fecharam a cara. Eles nunca gostaram de mim, me achavam um exemplo ruim pra filha deles, mas sabe, eu não tava nem ai, ela gostava de mim e isso já era o suficiente. 

Julian: o que esse moleque tá fazendo na minha casa ? -disse rude.

Elena: calma pai, ele veio pra...é que...eu queria falar uma coisa pra vocês -ela disse já aflita.

A mãe e o pai dela a encaravam esperando que ela começasse a falar mais nada saia de sua boca.

Julian: vamos, então fale! -ele a incentivou.

Elena: é que...ér...eu...

Estava sendo demais pra ela, eu já podia ver a hora que Elena ia simplesmente sair correndo dali. Apertei sua mão a fazendo me olhar, assenti tentando passar a maior confiança possível mas a verdade era que eu tava tão apavorado quanto ela.

Ellen: pelo amor de Deus filha, fala de uma vez, to ficando preocupada.

Elena: tá bom, o que eu tinha pra dizer era que, eu...eu to grávida, é isso.

O silencio reinou naquela casa, dona Ellen parecia que ia desmaiar e Julian nos encarava, aquele olhar era pior que todas as palavras do mundo, era torturante, podia ver ódio, decepção, nojo e muito mais em seus olhos.

Elena: fala alguma coisa pai -ela disse entre soluços.

Julian: VOCÊ QUER QUE EU FALE ? TÁ BOM ELENA EU VOU FALAR. EU NUNCA NA MINHA VIDA TODA FIQUEI TÃO DECEPCIONADO, COMO VOCÊ FOI CAPAZ ? COMO VOCÊ FOI CAPAZ DE FAZER ISSO ? ME DIZ ELENA, ME DIZ! ESSA NÃO É MINHA FILHA, ESSA NÃO É VOCÊ! ESSA GAROTA QUE EU TO VENDO AQUI NA MINHA FRENTE É UMA VADIA -cuspiu essas palavras fazendo Elena cair no chão em prantos.

Eu: NÃO FALA ASSIM COM ELA ENTENDEU ? EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ FALAR ASSIM COM ELA SEU VELHO ESCROTO -disse irritado.

Julian: CALA A BOCA MOLEQUE, ISSO É CULPA SUA, VOCÊ QUE LEVOU MINHA MENINA PRO MAL CAMINHO, VOCÊ QUE FEZ DELA O QUE ELA É HOJE, FOI VOCÊ! EU DEVIA TE MATAR.

Eu: -ri- ENTÃO MATA PORRA, MATA, VAMOS EU TO PAGANDO PRA VER! EU AMO SUA FILHA JULIAN, ISSO ACONTECEU, FOI UM DESCUIDO MAS EU VOU CUIDAR DELA E DESSA CRIANÇA.

Julian: -gargalhou- CUIDAR ? GAROTO VOCÊ NÃO SABE NEM CUIDAR DE SI PRÓPRIO, VOCÊ É SÓ UMA CRIANÇA!

Eu: ISSO NÃO IMPORTA, EU FAÇO O QUE FOR POR ELA. 

Elena: parem de brigar, por favor -disse finalmente.

Julian: EU NÃO VOU ACEITAR ISSO ENTENDEU ? NÃO VOU! NÃO QUERO FILHA MINHA GRÁVIDA.

Elena: ÓTIMO PAI, ÓTIMO, É COMO O JUSTIN DISSE, ELE VAI FICAR COMIGO, EU NÃO PRECISO DE VOCÊ E DESSA CASA IDIOTA, me desculpa mãe -ela subiu as escadas correndo e eu fui atrás.

Elena abriu seu armário, pegou uma bolsa e jogou suas roupas dentro enquanto chorava, ela me olhou e a abracei.

Eu: eu to aqui tá bom amor ? Tudo vai ficar bem, você vai ver -afaguei seus cabelos.

Elena: eu vou embora daqui Jus, é eu vou.

Eu: e vai pra onde ? Você não devia fazer isso, eles estão irritados, depois vocês conversam melhor.

Elena: não, você viu o que meu pai disse ? Ele não me quer mais, então é assim que vai ser.

Eu: -suspirei.

Elena: obrigada por enfrentar ele -ela me olhou.

Eu: faço quantas vezes for preciso -rimos fraco e a beijei.

Ela fechou a bolsa e saímos de lá, sem dar satisfação alguma os deixando sem acreditar.

Flash Back Off.

Eu: Elena foi pra casa de uma amiga que disse que ela podia ficar lá o tempo que quisesse. Eu ainda não tinha contado nada pra minha mãe, sabia que os pais dela iam ficar doidos com isso então pensei em falar depois com dona Pattie, jurava que ela ia me ajudar e ser legal como sempre mas não, minha mãe enlouqueceu, ela gritou comigo, me falou um monte de merda, praticamente fingiu que eu não existia por vários dias mas no fim acabou cedendo e disse que se eu precisasse ela estaria ali. Quanto mais o tempo passava mais difícil ficava, no começo de 2009 Elena fez 15 anos, me lembro de passarmos seu aniversário dentro de um quarto, ela chorando e eu tentando a animar. Meses depois ela já estava com 7 meses, sua barriga tava gigante, ficava cada vez mais complicado a ver, eu passei dias sem nem falar com ela, comecei a sair mais, ir em festas, a beber, fazia isso tudo pra tentar parar de pensar no meu futuro, sempre me achei maduro demais, adulto demais mas na verdade era só um moleque, era tarde da noite quando eu voltava pra casa e esbarrei com Julian na rua, ele me encheu de porrada, falou tudo que devia e que não devia e não pude fazer nada, acho que merecia aquilo. E foi numa quinta-feira, dia 20 de junho que eu simplesmente fiquei sem rumo algum. Tinha ligado pra Elena aquele dia, ela me parecia tão pra baixo, tão frágil, eu peguei o carro de um amigo meu, é eu já dirigia, meu pai vinha me ensinando desde os meus 10 anos, só não tinha a carteira mas tava pouco me importando com isso, fui até a casa da amiga dela e assim que cheguei a vi no portão conversando com um cara, ela sorria, tava o contrario do que imaginei a encontrar, pensei em sair e ver o que eles tanto conversavam mas não, fui de lá direto pro bar mais perto e enchi a cara, quando já quase não me aguentava em pé entrei no carro e voltei.

Flash Back On.

Cheguei na porta da casa da amiga dela e comecei a bater sem parar, Elena atendeu e me olhou surpresa.

Eu: oi princesa -disse meio embolado e joguei meu corpo pra cima dela.

Elena: Jus ? Amor o que deu em você ?

Eu: como assim amorzinho ? Vem me dar um beijinho vem -me aproximei.

Elena: ai Jus eca, sai pra lá, você bebeu!

Eu: foi só um pouquinho amor, vem cá vem.

Elena: só um pouco ? Justin dá pra sentir o cheiro de bebida de longe -ela fez uma careta e eu ri.

Eu: para de bobeira bebê, e ai como vai meu filhão ? -coloquei a mão em sua barriga.

Elena: -revirou os olhos.

Eu: -ri- vem gatinha.

Elena: pra onde seu doido ?

Eu: vou te levar pra passear oras! -disse e puxei sua mão.

Quase tive que implorar pra ela entrar no carro, dei partida e dirigi até o fast food mais próximo, Elena queria por que queria comer hambúrguer. Sentamos na mesa e ela pediu, não demorou muito tava devorando seu sanduíche já eu só fiquei olhando, tava praticamente dormindo em pé.

Eu: quem era aquele cara ? 

Elena: que cara Jus ?

Eu: aquele lá que você tava conversando quando fui te ver mais cedo, não adianta fingir Elena, eu vi.

Elena: ah claro, ele é meu primo, fazia um bom tempo que não o via -sorriu.

Eu: primo né ? Sei...

Elena: to falando sério bebê.

Eu: não gosto dele.

Elena: -riu- como não ? Você nunca falou com ele.

Eu: foda-se, aquele otário quer roubar você e meu filhão, vocês são meus! 

Elena: você é um bobo e eu já falei que vai ser uma menina.

Eu: claro que não, vai ser meu garoto.

Elena: vamos ver! Moço traz um café bem forte por favor -disse pro garçom.

Eu: pra que café ? -fiz uma careta.

Elena: pra você mesmo senhor bêbado.

Eu: mas eu não...

Elena: calado -ela fez uma cara de brava depois riu e me deu um selinho demorado.

Tomei a droga do café e até que me fez bem, me senti mais acordado. Continuei a olhando comer até que ela ficou triste do nada.

Elena: sabe Jus, tá sendo tudo tão complicado, eu to cheia disso, cheia de ficar em casa, to com medo do futuro, do que vai ser da gente, faz dias que nem sequer consigo dormir.

Eu: você só sabe reclamar -revirei os olhos.

Elena: e o que mais você queria que eu fizesse ? Minha vida tá uma merda, eu sinto falta dos meus pais que nem me ligar eles ligam, sinto falta do que fazia antes, de sair, de ver gente.

Eu: isso vai passar.

Elena: não, não vai! Vai ser só isso daqui pra frente, olha Justin, eu acho que não tá dando mais certo e a gente tem que terminar.

Eu: O QUE ? VOCÊ TÁ MALUCA ? 

Elena: xiu, não grita! Acho que vai ser melhor pra nós dois, eu não sei -ela disse com os olhos marejados.

Eu: mas Elena...não, tem que ter outro jeito, a gente não pode terminar. EU TE AMO GAROTA.

Elena: eu também amo você Jus, até demais mas acho que vai ser melhor assim. -disse e foi embora me deixando sem reação. Coloquei o dinheiro em cima da mesa e corri atrás dela.

Eu: ELENA, VOLTA AQUI, ESPERA, VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO, NÃO PODE ME DEIXAR ASSIM!

Elena: eu preciso Jus, me desculpa.

Eu: E O NOSSO FILHO ? 

Elena: eu tava pensando, posso esperar ele nascer e depois dar pra um orfanato, pra alguém que possa cuidar dele melhor que a gente, ai dar certo -ela disse com um sorriso falso no rosto.

Eu: DE JEITO NENHUM EU VOU DEIXAR VOCÊ FAZER ISSO, NUNCA! EU UM DIA TE PROMETI QUE IA FICAR COM VOCÊ, QUE ÍAMOS SER FELIZES JUNTOS E VOU CUMPRIR ESSA MERDA DESSA PROMESSA! 

Elena: mas esse bebê, ele acabaria com sua vida, ia te impedir de se divertir, de sair com os seus amigos, você ia perder tudo Jus, to pensando em você -disse chorando e entrou no carro.

Eu: eu não quero saber de nada disso mais, você não entendeu ainda que eu abro mão de qualquer coisa por você ? QUE CARALHO! -acelerei o carro.

Elena: os meus pais, eles sempre diziam que você não é o cara certo pra mim, talvez eles estivessem certos -ela estava desesperada, acho que nem ouvia o que eu falava.

Eu: você escutou o que acabou de dizer Elena ? -disse quase em um grito.

Elena: EU NÃO SEI DE MAIS NADA JUSTIN, EU TO APAVORADA TÁ LEGAL ? 

Eu: SABE O QUE ISSO TUDO TÁ PARECENDO ? TÁ PARECENDO QUE VOCÊ QUER SE LIVRAR DE MIM E DESSA CRIANÇA POR QUE ELE NÃO É MEU FILHO, É ISSO NÃO É ? 

Elena: O QUE ? JUSTIN VOCÊ...

Eu: ISSO MESMO, AS PESSOAS VIVIAM DIZENDO QUE VOCÊ ME TRAIA MAS EU APAIXONADO NEM LIGAVA, VAI QUE ELES ESTAVAM FALANDO A VERDADE E VOCÊ DEU PRA QUALQUER UM, DESCOBRIU QUE TAVA GRÁVIDA E DISSE QUE O FILHO É MEU! 

Elena: VOCÊ TÁ MALUCO, SÓ PODE! COMO TEM CORAGEM DE DIZER ISSO ? NÃO ACREDITO NO QUE ACABEI DE OUVIR, VOCÊ SABE QUE AQUELA GENTE SÓ QUERIA NOS SEPARAR, EU NUNCA FARIA ISSO COM VOCÊ, E VÊ SE DIMINUI A VELOCIDADE DESSA MERDA DESSE CARRO! 

Bufei e desacelerei, ninguém falou mais nada depois daquilo, só podia se ouvir os soluços dela. Ela chorava sem parar. Eu tava de cabeça quente, falei aquilo sem pensar, só faço merda mesmo.

Eu: amor...me desculpa, princesa, não chora não por favor, me desculpa falar aquilo -a olhei rapidamente.

silencio.

Eu: é sério, eu não acho nada  disso, sei que essa criança ai é minha, eu amo você Elena -parei no sinal e me aproximei dela.

silencio.

Eu: me desculpa amor, não liga não, eu sou um bobo mesmo! -segurei em seu queixo.

Elena: você é sim -me olhou.

Eu: desculpa, eu não queria falar daquele jeito com você.

Elena: JUSTIN -ela olhou pra frente apavorada e acompanhei seu olhar, uma luz forte foi a ultima coisa que vi antes de tudo ficar preto.

Flash Back Off.

Eu: um caminhão tinha batido de frente com a gente. Só me lembro de depois acordar dentro da ambulância e os doutores ficarem vibrando e agradecendo a Deus por esse milagre, eu tinha sido ressuscitado por aqueles aparelhos de choque, mas sabe, eu preferia ter morrido, POR QUE EU NÃO MORRI ? POR QUE ? TERIA SIDO BEM MAIS FÁCIL -algumas lágrimas caíram e Madie apertou forte minha mão- ai comecei a perguntar da Elena, queria saber como ela tava, se ela tava bem. Foi assim até chegar no hospital, lá eles me deram uma injeção e dormi. Acordei horas depois num quarto todo branco, vi minha mãe parada na minha frente, ela tava de olhos fechados e parecia rezar, assim que percebeu que eu tinha acordado ela me abraçou e começou a chorar, voltei a perguntar dela, eu gritava por ela, e então que minha mãe falou "ela morreu Justin, a Elena morreu". Aquelas palavras não queriam de jeito nenhum entrar em minha cabeça, não podia ser verdade, eu não podia ter perdido a minha garota, a mulher que eu amei, era como se várias facas tivessem sendo cravadas por todo meu corpo, como se tudo tivesse caindo sobre mim, meu mundo tinha perdido o sentido, minha razão pra sorrir, minha razão de acordar todos os dias estava morta. Eu perdi a cabeça, arranquei os fios de minha pele e corri, corri por aquele lugar todo, passei por cima de todo mundo e sai do hospital, eu queria morrer, queria acabar com essa dor surreal, essa dor que me matava aos poucos. Fiquei parado no meio da rua, os carros passavam quase me atropelando e eles me xingavam de tudo que é nome. Minha mãe apareceu do nada correndo, me tirou dali e me abraçou muito forte, depois de muito insistir voltei pro hospital. Me obrigaram a fazer alguns exames e fui liberado, só tinha poucos ferimentos e um braço quebrado. Um dia depois eu convenci a dona Pattie de vir aqui pra Califórnia, não podia mais ficar no Canadá, todos os lugares que passava, tudo me lembrava ela, nos mudamos mas quem disse que isso ajudou ? Tudo veio junto comigo, eu não saia de casa, tentava me matar quase todos dias, não comia nada, minha mãe estava visivelmente desesperada então me levou no doutor Louis, eu odiava ir naquele cara, ele tinha pena de mim, me tratava como se eu fosse um maluco, EU NÃO ERA MALUCO! SÓ ERA UM IDIOTA QUE MATOU A PRÓPRIA NAMORADA, ISSO QUE EU ERA.

Madie: não diz isso Jus, você não matou ela, não fica assim.

Eu: claro que matei, FOI CULPA MINHA MADIE, TUDO CULPA MINHA.

Madie P.O.V.

Eu ainda tentava entender tudo que acabei de ouvir, era muita coisa, estava perplexa, a história dele, é tanta tristeza, Jus sofreu tanto, perdeu essas pessoas importantes, essas pessoas que significavam tanto pra ele. O ver daquele jeito, frágil, desesperado, chorando, se culpando por algo que ele não escolheu que fosse assim, era a pior coisa de todas.

Eu: não é culpa sua, para de pensar desse jeito, vocês passaram por muita coisa, eu sei, mas se ela morreu foi por que Deus quis assim -disse chorando.

Jus: MAS MADIE, SE EU NÃO TIVESSE BEBIDO, SE NÃO TIVESSE FALADO AQUELAS COISAS IDIOTAS PRA ELA, SE A GENTE NÃO TIVESSE BRIGADO NADA DISSO TERIA ACONTECIDO -as lágrimas caiam freneticamente tanto de meus olhos quanto dos dele.

Eu: calma, tá tudo bem, pode ter certeza que ela não pensava assim, que ela sabia muito bem o quanto você amou ela Jus, você não queria, foi um acidente. 

Jus: ainda dói muito patricinha, eu tenho sonhos com isso sempre, só queria que isso parasse.

Eu: vem aqui vem príncipe.

Justin me olhou com aqueles olhos cor-de-mel incrivelmente lindos e cheios de lágrimas, deitou em meu colo, acariciei seus cabelos e o escutei chorar baixinho.

Eu: tá tudo bem viu ? Eu to aqui.

E assim que passei o resto de minha noite, tentando fazer qualquer coisa pra arrancar um sorriso  desse garoto que agora nem é tão misterioso assim.

CONTINUA..........

                                                                                                              

MEU DEUS GENTE QUE CAPITULO FOI ESSE ? QUE TRISTE KRAS, ESPERO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO QUE VOCÊS TENHAM LIDO DIREITINHO CADA PARTE DELE, EU SEI QUE É GRANDE MAS VALE A PENA, SE VOCÊ NÃO LEU PERDEU TODO O SENTIDO DA HISTÓRIA!

E CARAS ISSO NÃO TA DANDO CERTO, VOCÊS ESTÃO DEMORANDO DEMAIS PRA COMENTAR, EU PEÇO 50 COMENTÁRIOS E DEMORA MAIS DE 3 DIAS PRA CHEGAR, AI DEPOIS VOCÊS FALAM QUE EU DEMORO PRA POSTAR! MAS POXA ASSIM NÃO DÁ TAMBÉM! QUANTO MAIS DEMORAM PRA COMENTAR MAIS EU DEMORO PRA POSTAR, JÁ DISSE! E VOU TER QUE FALAR DE NOVO SOBRE COMENTAR MAIS DE UMA VEZ EM ANONI SÓ PRA CHEGAR AO TANTO QUE PEDI, NÃO FAÇAM ISSO GENTE SÉRIO, EU PERCEBO E NÃO ADIANTA DE NADA!

POR FAVOR COMENTEM DIREITINHO E SIGAM O BLOG, QUERO CHEGAR A 300 MEMBROS HIHIHI! HELP ME! ENTÃO É ISSO AMORES, CONTINUA COM +50 COMENTÁRIOS DE PESSOAS DIFERENTES! BEIJOS AMO VOCÊS -drissy(@mrbieberswaggy)